A senhora dos churros

Sem faltar um dia, Tereza Ferrari de Souza, 52, marca presença no bloco bordô para vender churros.

Por dia, cerca de 60 pessoas apreciam seus deliciosos churros.

Batalhadora, é ela quem sustenta a casa. Vai a pé para Unifran, caminhada que dura 20 minutos.

No mundo dos livros

Formada em biblioteconomia, Marina Ferreira de Paula, 26, identifica-se com o público universitário.

Trabalha a um ano e meio na biblioteca da Unifran. Além de fazer suas funções, sempre indica livros para as pessoas que ali circulam. Seu livro preferido é “Crime e Castigo”. A obra que é de Dostoiévski lhe prendeu a atenção por falar de assassinato.

Marina mora no Jardim Noêmia, seu horário de trabalho é das 12h30 às 22h30. Solteira, mora com os pais e um irmão. Vive feliz em volta do mundo da literatura...

Quanta hierarquia

Você já parou para pensar quantas pessoas estão encarregadas de deixar o ambiente em que você estuda agradável? Pode até parecer exagero, mas só aqui na Unifran, 90 funcionários trabalham diariamente no serviço de limpeza. São salas, banheiros, corredores... Haja pique para tantos lugares.

Márcia Aparecida Sousa da Silva, 40, é uma delas. Trabalhando das 14h às 21h, tem história para contar. Diz ela, que o banheiro dos homens suja mais. Mas que as mulheres não são das mais limpas. Silva afirma que o mais difícil é quando o banheiro está entupido. Nem imaginem o que ela já encontrou.

Nesse meio também existe hierarquia. Para fazer a limpeza, Márcia é orientada pela encarregada, que obedece a líder, que recebe ordens da supervisora. Tudo isso para chegar ao mesmo fim: tudo limpinho!

Além das catracas...

Quem precisa passar todos os dias pelo CDI já reparou, que além da catraca, existem pessoas que ficam na portaria? Pode ser que tenham visto, mas será que vocês os conhecem?

Uma delas é a recepcionista Maristela Coelho, 20. Simpática, está no cargo há sete meses. Seu horário de trabalho é das 13h10 às 22h30. Vai gostar de ficar na Unifran... Além disso, Maristela estuda o primeiro ano de farmácia no período da manhã. Acaba ficando, praticamente, o dia todo por aqui.

A estudante e recepcionista mora no bairro Santa Rita, um tanto quanto longe da faculdade. Suas notas não tem do que reclamar, a garota consegue conciliar 'na boa' trabalho e estudos. Sorte dela que seu chefe é como um pai. “Ele cobra bom boletim, mas sei que é para meu bem”, afirma.

As famosas pipocas vermelhas

As pessoas podem não saber quem seja José Altamiro, mas com certeza não há quem estude na Universidade de Franca que não tenha experimentado as famosas pipocas vermelhas. Todos os dias na porta da Unifran tanto na hora em que os portões se abrem, até na hora de ir embora, o ponto é certo. Todos pelo menos uma vez por semana param para fazer um lanchinho. Seja para levar para casa ou comer pelo caminho.

Com 51 anos para chegar até a Unifran pega dois ônibus. Assim o esforço tem que valer a pena. E vale. Altamiro adora vender pipocas, principalmente por serem tão apreciadas. Pode não ser nenhum cantor ou galã de cinema, mas não tem quem não pare em sua barraquinha. Sempre é o que chama atenção.

O dinheiro ajuda no sustento da casa. Não quis dizer quanto ganha, mas diz ser o suficiente. Sua mulher também faz bicos, e sua filha já tem marido. A escolha pelo trabalho veio depois do trabalho braçal na roça. Com tanto peso para carregar a idade chegou e a alternativa foi bater ponto e lançar as famosas pipocas vermelhas.

De Cara

Sabe aquela pessoa que você encontra todos os dias, mas nem percebe? Já parou pra pensar quantos rostos você olha e nem sabe o porquê deles estarem ali? Essa é a intenção do Blog Foca Up de Cara. Vamos contar para você as coisas que estão na cara e você não vê.

Celebridades? Nãooooooo...não é bem isso. Vamos mostrar pessoas, objetos, o que acontece, como acontece e o porquê acontece. Vamos fazer você reparar no que ao seu ver não é importante.